Depois de realizar as entrevistas
com a agência e com a companhia vieram às datas de cursos de STCW e CFPN, obrigatório
para quem trabalha em navios e o curso da RFE especifico para futuros
tripulantes da Costa Crociere, duas semanas na cidade Maravilhosa com todas as
despesas pagas diretamente do meu bolso.
1ª parte:
Realizei o curso do STCW e o novo
curso, CFPN pela empresa Rio ship indicado pela agência, infelizmente pelo
prazo dado para realização dos cursos e pelo novo curso que seria solicitado pela Marinha a partir de 01 de janeiro de
2014 tive que realizar o curso lá, em Salvador têm escolas credenciadas porem
como o curso era novo a empresa daqui ainda não tinha oficializado e recebido o
aval de homologação. O curso custou R$ 1250,00 para pagamentos em cartão de
credito, facilitados em parcelas e para pagamentos em espécie R$ 1100,00,
isso porque ainda não tinha sido lançado
uma tabela para o novo curso. Uma semana de conhecimentos especifico e muita
informação para ser aprendido, mas nada difícil.
Numa manhã chuvosa, sem guarda chuva
e sem ter ainda um mapa traçado na cabeça das direções do curso, peguei um taxi
até a sede da Rio ship e logo que cheguei encontrei os colegas numa fila
indiana na frente do prédio esperando abrir e ser chamados, me senti um militar
a espera do plano a ser comprido. Como sempre cheguei calado e continuei
calado, mas na esperança de alguém procurar conversa para iniciar um vínculo de
comunicação. Atrás de mim, que me recordo, estava o Adonis, Deivison, o D’Black
, Fernando, o Sapé e Rodrigo, o Hassum (ou pato pai, que ele adora
kkkk) apelidos credenciados pelos portes físicos ou por parecerem com alguém famoso.
Nem tivemos tempo para conversar, fomos
todos para a sala de aula, preenchemos os formulários de cadastro do curso e
logo em seguida encaminhados para um novo endereço, foi a partir dessa caminhada
que fui conhecendo o pessoal e criando um vinculo maior de amizade. Chegamos ao novo endereço e como éramos muitos
não tinha capacidade real de ficar na
sede do curso, cerca de 40 pessoas, muitos cariocas, mas tinha representantes
de Minas, Espírito Santo, Maceió, Paraíba, Manaus e Bahia, todos com o mesmo
sonho de mudar de vida e embarcar nessa nossa aventura, uns com o objetivo de
ganhar dinheiro, outros querendo desaparecer da realidade que têm, outros
querendo cair na folia e outros como eu, querendo ganhar experiência e conseguir
quem sabe fazer um curso do exterior.
O curso mostra teoria e prática,
todos os procedimentos de segurança e emergências, primeiro socorros (só teórico,
o que é lamentável), partes do navio, siglas e legislação náutica, entre outras
particularidades que não me lembro no momento. A parte da prática foi no
segundo dia, achei terrível porque estava frio, mas foi bem produtivo. Dia
chuvoso tivemos que pegar um ônibus locado para nos levar para fora da cidade
em direção a Niterói e outra cidade que não me lembro, primeira parte do fogo, numa
empresa de extintores em um centro de treinamento, combatemos incêndios de
classes A, B, C e D usando os equipamentos específicos e depois um trabalho em
grupo para pagar um fogaréu com mangueiras. Difícil somente controlar o nível da água através
dos comandos do instrutor, muita água, pouca força e equilíbrio, mas
conseguimos apagar o fogo com êxito.
Segunda parte a pior de todas, água.
Depois do almoço fomos direto para Niterói, trocamos de roupa e fomos para
piscina, primeiro ouvimos as instruções sobre os procedimentos e logo em
seguida um aquecimento/ alongamento e água, nadamos com o colete salva vidas,
de costas e logo em seguida o trampolim, 3 metros de altura que olhando de
baixo era um nada, mas de cima a coragem faltou. Terrível sensação de se jogar!
Pensava que não era necessário aquilo, queria desisti e se em uma situação real
será que me jogaria de um lugar acima de 17 metros? (tamanho médio do ponto básico
para se jogar ao mar em situações necessárias), respirei fundo, fechei e
apertei os olhos e me joguei como instruído, sensação apavorante que nunca
quero utilizar, mas com a força e fé consegui realizar.
Já com uma afinidade e aproximações,
fiz amizades com uma galera muito louca, tinham famosos como Pochat, Hassun,
Maria Lucia, Donatelo, D’ Black, Ben 10 outros mais simples e carinhosos, como
Gaby, Alê e Carol, também os representantes de estado como a Pernambucana
que se tornou Paraíba, o Carioca que se
tornou Capixaba e eu o Bahia. O amigão Sapé até hoje não entendi o motivo desse
apelido, mas todos nós já tínhamos perdido a identidade e entre nós só rolava os codinomes,
foi através dessa união que surgiu o nosso grupo Chá de fita, nome sem explicações.
Kkkkkkk Muitoooo bom fazer amigos, sensação de renovação. Depois de outras
historias aparecem Jesus e Judas (depois explico). Kkkkkkkkkkkkkkk
Ao fim do curso fizemos as provas
e já aprovados aproveitamos o fim de tarde para comemorar, nos bares da cidade maravilhosaaaaaa!!!!!!
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